Técnorrealismo: de becos escuros a criptomoedas esquecidas em circuitos apagados
350 contos em 2 segundos
# "350 contos em 2 segundos"
## Processo Criativo
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Linhas gerais '
Guielsimar Forfaraway
Pano de fundo musical - tocadas ao contexto do cenário, nos tempos da cena/ capítulo
Hillsong united - Oceans (live)
Iggy pop - the passager
Coldplay - till the kingdom comes
- cadê a Cinthia?
O nosso estimado personagem, Guielsimar Forfaraway, está longe de casa. Ele está na misteriosa cidade de **Alleymattos**, localizada no **Condado da Cana-de-açúcar**, na **Ilha das Maravilhas**. Como em todo lugar desse país, não importa a direção, a pessoa sempre acabará encontrando o mar, que de certa forma, sempre foi o seu ponto de referência na vida.
É noite, claro que é noite. Na verdade, é a madrugada de um domingo que já se aproxima das 3h da manhã. Guielsimar não está nem perto de casa e não sonha em dormir. Ele se perde em seus pensamentos, ponderando sobre sua vida: a que ele levava, a que ele leva agora e a que ele pode levar. De repente, ele percebe que começa a chover nas ruas da cidade.
No fundo, ele busca algo. Ele quer conseguir um ganho, uma sorte, um trocado. Talvez um bilhete de loteria premiado, ou quem sabe aplicar uns **R$ 50** em uma criptomoeda e em **dois segundos** ver seu investimento se transformar em **R$ 350**.
O que ele vai fazer com essa ambição? A chuva gelada que agora molha as ruas de Alleymattos pode ser um sinal ou um novo começo, mas sua jornada na Ilha das Maravilhas, em busca de uma sorte grande, está apenas começando.
E, em um ímpeto de desconfiança, desesperança e desassossego (por um momento, lembrou-se de Bernardo de campos e Fernando pessoa), resolveu olhar, para checar o aplicativo do banco; pois, afinal, havia pedido dinheiro para alguns conhecidos e parentes distantes e quem sabe não estaria lá na conta ao menos alguns 30 contos, mas sem muito o que esperar, apenas abriu o APP tecnológico e mesmo errando a senha por uma vez, conseguiu se corrigir e acessou sua conta mais favorável.
E lá estava lá. 50 contos, que beleza - pensou. E já estava pensando em como gastar esse dinheiro entretanto se conteve e lembrou, mesmo dizendo em voz alta:
_ bom, bem que eu poderia gastar esse valor com energéticos, bebidas, alguns cigarros e fumos. Afinal o que é e o que faz um homem sozinho no mundo sem se deliciar e se dedicar aos prazeres da carne, sem se importar com nada mais? E sem querer encontrar alguém para se levar consigo à vida toda! todas besteiras... Só que como eu tava em predileções de 350 ganhos, entretanto, que se parte de 50 , e como eu já tenho esse 50 (e não apenas 30 Contos. Das Ilhas) Que tal fazer esse caminho mesmo e tentar buscar esses 350?
Por que com 350 aí sim eu vou poder me divertir muito mais , e com certeza eu vou sentir menos culpa das coisas depois que tudo isso acabar porque sempre acaba e quanto menos se tem, mais rápido se acabam (e mais culpas das coisas terem acabado se pesam e recaem sobre nós); e, nem adianta pensar que se eu comprar um cigarro mais vagabundo daqueles que se tem, o mais barato, para fazer render mais, não vai, nem assim não vai, já que coisas mais fracas se encerram com mais volatilidade. Fois quanto pior é a qualidade das coisas, menos a gente se satisfaz com elas - sempre vai ficar a impressão e ficar de fato estando mal, com o mau gastando o dinheiro, ou então que devia ter guardado ou juntado o dinheiro assim para usa-lo em outro momento... Sim. Vou investir em criptomoedas -- pensou
Comprou 50 Conto das Maravilhas em Islend - Is let endu4ance? Uma criptomoeda nova, que valia poucos contos da ilha, mas que em uma rolagem para baixo na tela do celular (sempre se rola a tela em movimento invertido, se quiser subir tem que descer e se quiser descer tem que subir), ela - a criptomoeda- como que magicamente valorizou 600% e ele vendeu todas as suas Islend e conseguiu
350 contos em 2 segundos!!!
Olha só!
E foi exatamente o momento em que a chuva começou a apertar também, e ele inclusive, começou a apertar os seus passos de andador/passageiro da madrugada - que finalmente após esperar o seu momento vir ele, sabia que o seu momento chegou... Foi até os locais mais próximos da mim que estavam abertas e que ele conseguiria comprar alguma coisa para se divertir.
Tentou comprar diversas coisas, todas as coisas que eles gostava... E que ele bem conseguiria ter, foi até os locais compra-las, entretanto não conseguiu comprar nada, porque a chuva havia tirado todo sinal de internet de todo tipo de conexão, nem havia sinal por wi-fi, nem por conexão de celular nem por satélite e ninguém quis esperar para receber...
E assim ficou sem nada, mesmo tendo como comprar e como ninguém recebeu porque ele só tinha como pagar pelo aplicativo, ficou mais frustrado e indignado consigo mesmo, pois esquecera seus cartões em casa, mas talvez Muito provavelmente nem as maquininhas de cartão iriam funcionar sem o sinal de internet, e já que estava sem os cartões, sem sinal de internet e sem moral para ninguém lhe fiar nada, então, em uma mistura de alívio por ter conseguido o dinheiro e também com o sentimento de indignação por ter esquecido seus cartões que ao menos serviriam de garantia para voltar a pagar as contas enfim e mesmo por não ter conseguido nada para pagar depois assim teve que voltar para sua casa e dormir ao som da chuva sem ter conseguido nada, e assim percebeu que nem sempre se pode ter as coisas.... pois mesmo com dinheiro ele ficou sem comprar nada do que queria, e mesmo sem comprar nada daquilo que também não queria...
Ficou nervoso, com raiva e um pouco mesmo injuriado, mas acabou por se entregar ao cansaço e já viria a dormir em seu quarto , mesmo já quando estava amanhecendo o dia!
https://metafisicapop.blogspot.com/2025/09/tecnorrealismo-de-becos-escuros.html






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