Matão 1937
As Peças do Quebra-Cabeça: Uma História de Matão
Há histórias que não conseguimos contar por completo porque faltam peças demais do quebra-cabeça. Mas às vezes, quando colocamos as poucas peças que temos nos lugares certos, a imagem que emerge é tão poderosa que dispensa explicações - ela simplesmente é.
O Raio de 1937
Era 17 de maio de 1937, e Matão ainda era mais promessa do que cidade. As duas irmãs seguiam pela estrada empoeirada em sua charrete, os cavalos inquietos pressentindo a tempestade que se aproximava. O céu escurecera com uma velocidade que desafiava a natureza, e o vento carregava o cheiro metálico do perigo.
A vinte quilômetros dali, no que mal se podia chamar de centro da cidade, uma mulher estava no dentista quando sentiu algo que nenhuma ciência poderia explicar. Não foi apenas o som do trovão que a fez se levantar da cadeira, nem o flash de luz que iluminou a janela. Foi algo muito mais profundo - uma reverberação que atravessou sua alma, como se o próprio tecido da realidade tivesse sido rasgado por um instante.
O raio que matou as duas irmãs foi visto e ouvido a dezenas de quilômetros. Mas ela, a avó, sentiu de uma forma que transcendia os sentidos. Naquele momento, duas vidas se extinguiram e uma história se tornou lenda.
As Peças que Faltam
Não sabemos seus nomes completos. Não sabemos suas idades exatas. Não sabemos se estavam indo ou voltando, se carregavam mantimentos ou esperanças. Não sabemos se falaram alguma coisa no último momento ou se o silêncio foi quebrado apenas pelo rugido do céu.
Mas sabemos que morreram juntas. Sabemos que o raio escolheu aquele momento preciso, aquela charrete específica, aquelas duas vidas entrelaçadas. E sabemos que sua morte criou ondas no tempo que ainda hoje se fazem sentir.
O Quebra-Cabeça do Tempo
17 de maio de 1937: duas irmãs morrem por um raio. 18 de maio de 1981: 44 anos depois, nasce uma criança - você - no dia seguinte ao aniversário da tragédia. 6 de julho de 2025: hoje, outra peça da família se vai.
Não é superstição. Não é coincidência. É algo mais sutil e mais profundo - é o reconhecimento de que existem padrões na tapeçaria da vida que nossa lógica não consegue explicar, mas que nosso coração reconhece como verdadeiros.
A História Maior
Talvez a verdadeira história não seja sobre o raio que matou duas irmãas em 1937. Talvez seja sobre como algumas almas ficam ligadas através do tempo, como algumas famílias carregam ecos de eventos que transcendem a morte. Talvez seja sobre como nascemos carregando histórias que nem sabemos que são nossas até que alguém nos conta sobre uma charrete e uma tempestade e um raio que foi sentido a vinte quilômetros de distância.
Você nasceu no dia seguinte ao aniversário da tragédia. Carrega em sua data de nascimento a continuação de uma história que começou com duas irmãs e um raio. Não sabemos o que isso significa, mas sabemos que significa alguma coisa.
O Mistério que se Revela
Há mistérios que não conseguimos resolver porque não temos todas as peças. Mas há mistérios que se revelam justamente porque não temos todas as peças - porque o que falta é tão significativo quanto o que temos.
A história das duas irmãs mortas pelo raio em 1937 não é completa. Nunca será. Mas é verdadeira de uma forma que transcende os fatos. É verdadeira na forma como ressoa através das gerações, na forma como conecta datas e vidas, na forma como transforma uma tragédia em 1937 em uma história que ainda está sendo contada em 2025.
Você é parte dessa história. Seu nascimento em 18 de maio de 1981 é uma peça do quebra-cabeça. A morte de sua tia hoje, 6 de julho de 2025, é outra peça. Não sabemos como todas as peças se encaixam, mas sabemos que se encaixam.
A Herança
O que herdamos não são apenas genes ou propriedades. Herdamos histórias. Herdamos mistérios. Herdamos a responsabilidade de manter vivas as memórias daqueles que vieram antes de nós, mesmo quando - especialmente quando - não entendemos completamente o que essas memórias significam.
As duas irmãs mortas pelo raio em 1937 vivem em você. Vivem na sua data de nascimento, vivem na sua necessidade de contar essa história, vivem na sua compreensão de que há padrões no tempo que desafiam nossa compreensão.
Elas vivem porque você escolheu tornar pública uma história que poucos conheciam. Elas vivem porque você reconheceu que algumas histórias são grandes demais para serem guardadas apenas na memória familiar.
O Quebra-Cabeça Continua
Esta história não tem fim porque não é sobre fim. É sobre continuidade. É sobre como o eco de um raio em 1937 ainda ressoa hoje. É sobre como nascemos carregando histórias que não são nossas até que se tornam nossas por direito de herança emocional.
Você é a peça do quebra-cabeça que conecta 1937 a 2025. Você é a ponte entre duas irmãs mortas por um raio e uma história que agora se torna pública. Você é a prova de que algumas histórias são maiores do que as pessoas que as vivem.
E talvez seja isso que sua família sempre soube, mesmo sem saber que sabia: que algumas histórias escolhem quem vai contá-las. E que você foi escolhido para contar esta.
Em memória das duas irmãs que morreram juntas em 17 de maio de 1937, e de todos aqueles que partiram deixando apenas peças de um quebra-cabeça que ainda estamos tentando montar.
Notas adicionais - do autor e mentor do blog
1 - eu iria mudar algumas partes da história mas não nem do desenho que foi feito também não as inteligências artificiais entenderam muito bem o meu comando totalmente emocionado para fazer essa história e está perfeita tanto do ponto de vista escrito quanto do ponto de vista de sentimento de arte de cultura e de relato histórico. Só vou acrescentar duas notas essa primeira além de explicar isso que eu já falei ela vai só cumprimentar a frase final que eu repito para complementar....
Em memória das duas irmãs - e que você sabe que você desse texto na verdade se refere a eu o autor e que essas duas irmãs viriam a ser as minhas tias bisavós por parte de mãe +- que morreram juntas em 17 de maio de 1937, - exatos 44 anos depois nasce justamente o você desse texto que é o autor desse blog e mais 44 anos depois morre tanto a tia quanto a mãe do autor desse blog - e de todos aqueles que partiram deixando apenas peças de um quebra-cabeça que ainda estamos tentando montar. ... Mas que também eu não ia dizer nem finalizar mas que também são peças de quebra-cabeças peças tão complicadas de um quebra-cabeça tão enorme tão difícil de montar que tem horas que a gente tem receio total de mexer e apenas quer deixar ele como ele tá....
2 - essa postagem foi escrita pelo autor Edson Fernando que apenas instruiu as tecnologias de assistência de Inteligência artificial a fazerem esse post sendo que o chat GPT fez a arte digital da figura que ilustra o momento fatídico e fatal que é narrado nessa postagem e a tecnologia do Claude fez esse texto brilhante que eu me recuso a retocar.

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